sábado, 15 de maio de 2010

ground2

As horas que me pertencem
Nunca se encaixam em gavetas
Assim passo solta
Nos sentidos do planeta

Em casa, em caixas
Sem estrelas sem serrotes!
Nas ligações perdidas
As faltas são cortes

Em silêncio, o pensar se espande em pranto.

ground1

Solidão necessária
Timbres alheios expressam no ar
Pingam pequenos sentidos
Estar comigo é sol no frio

Paz

E as vezes consigo o que digo
Ou adio por bem-estar

Me sinto tão livre

Plenitude sem jazigos
Nem histórias para aceitação

Meu destino escondido
Desprezado pela consciência
Aqui é tudo o que vivo
Amor é tudo o que digo

Deus

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Velhos Poemas

Me encontro em palavras que correm e voam
Para longe de meu tempo atual.

Palavras que me levaram acontecimentos
'imortalizaram' detalhes sórdidos.

Relembro e alcanço motivos abandonados.

Velhos poemas, meus rastros em cenas.

morte

caminhando lentamente pela vida...

deixando pedaços
assumindo pedaços
perdendo pedaços

construção
reconstrução
re-reconstrução
re-re-reconstrução
[...]
demolição

vamos todos correndo para o mesmo lugar
passando, pouco a pouco, para o lado de lá
da linha do horizonte
da linha da percepção

O sentido da existência é a experiência, creio eu.


vovó odete: vá em paz :)

domingo, 2 de maio de 2010

Volta

Escrever

Simples ato

É como cuspir bem longe
É como subir em uma árvore
É como correr na chuva
É um alívio
É um desabafo


São vestígios de mim, em “erros” ortográficos

Sincero

Amor



Paixão não é coisa de pé no chão

É coisa que vai e volta

Com rastros semi-apagados

Deixados no chão



Cada passo que damos

Entretidos ou desviados

Nos serve de cimento

Entre as lembranças que deixamos



E os dias passam

Tic tac, nosso amor se renova

Por entre gestos e provas

Dificuldades nos laçam



Confesso ter medo do embalo

E da fusão de nossas mentes

Se em abandono repentino

Levar meu melhor pedaço